Bee Gees

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Conheça Bee Gees, a Banda que continua Viva

A formação da banda Bee Gees, origem anglo-australiana, volta a 1958, na cidade de Brisbane, Austrália, quando os irmãos ingleses Barry, Robin e Maurice Gibb se uniram. Originários da Ilha de Man, eles passaram parte de sua infância em Chorlton, Inglaterra, antes de se mudarem com seus pais para Brisbane, Austrália.

Ao longo de sua carreira, que abrangeu desde 1966 até o início dos anos 2010, os Bee Gees conquistaram sucesso em várias frentes musicais, transitando entre o rock psicodélico, balada, country rock, disco, R&B, e música romântica, antes de se estabelecerem no pop rock moderno. Com cerca de 220 milhões de discos vendidos, eles se posicionam entre os maiores vendedores da história da música. Além disso, foram homenageados com a inclusão no Hall da Fama dos Grupos Vocais, no Hall da Fama do Rock and Roll e no Hall da Fama dos Compositores, além de ganharem dez prêmios Grammy.

O álbum “Saturday Night Fever”, trilha sonora do famoso filme “Embalos de Sábado à Noite” (no Brasil) ou “Febre de Sábado à Noite” (em Portugal e outros países lusófonos), é reconhecido como a segunda trilha sonora mais vendida de todos os tempos. Classificando-se como o sétimo álbum mais vendido da história, ultrapassou a marca de 42 milhões de cópias, segundo a revista Billboard: 300 Best-selling Albums of All-Time.

Os Bee Gees acumulam inúmeros recordes na Billboard Hot 100, incluindo o oitavo lugar entre os artistas com mais músicas em primeiro lugar nas paradas. “Saturday Night Fever” também conquistou a segunda posição entre os álbuns com mais músicas em primeiro lugar, sendo superado apenas por “Bad”, de Michael Jackson. Durante os anos 1970, os Bee Gees foram os artistas com mais músicas em primeiro lugar, totalizando nove. Além disso, alcançaram o segundo lugar entre os artistas com mais músicas consecutivas em primeiro lugar, com seis músicas entre 1975 e 1979.

O grupo também conseguiu o terceiro lugar entre os artistas que simultaneamente ocuparam o primeiro e o segundo lugares nas paradas, com as músicas “Saturday Night Fever” e “Stayin’ Alive”. Barry Gibb foi classificado em quarto lugar entre os produtores com mais músicas em primeiro lugar, com catorze músicas, e também em quarto lugar entre os compositores com mais músicas em primeiro lugar, totalizando dezesseis, ficando atrás apenas de Paul McCartney e John Lennon. Uma citação do Hall da Fama do Rock and Roll destaca: “Apenas Elvis Presley, The Beatles, Michael Jackson e Paul McCartney superam os Bee Gees em recordes e vendas”.

De 1946 a 1957 — nascimento e iniciação no mundo da música

O grupo foi formado por três irmãos, provenientes de uma família musical inglesa, composta pelos pais Hugh Gibb e Barbara Pass, que também tiveram mais dois filhos. A primogênita, Lesley Barbara Gibb, nasceu em 12 de janeiro de 1945, em Manchester. Posteriormente, a família se mudou para Douglas, na Ilha de Man, onde nasceram os três membros do grupo: Barry Alan Crompton Gibb, em 1 de setembro de 1946; os gêmeos Robin Hugh Gibb e Maurice Ernest Gibb, em 22 de dezembro de 1949; e, anos depois, em 1958, Andrew Roy Gibb, o filho mais novo.

Até 1955, a família residiu em Douglas, quando retornaram a Manchester, fixando-se em Keppel Road. Em 1956, os pais perceberam o talento musical dos filhos. Barry Gibb recebeu sua primeira guitarra e aprendeu a tocá-la rapidamente. Maurice e Robin começaram a cantar e descobriram uma harmonia entre suas vozes. Encorajados pelo pai, os irmãos começaram a se apresentar nas ruas e em eventos de talentos organizados por escolas, teatros e cinemas. Formaram então um grupo de skiffle chamado The Rattlesnakes, com Barry na guitarra e vocais, Robin e Maurice nos vocais, e os amigos Paul Frost na bateria e Kenny Horrocks no baixo tea-chest.

Em março de 1958, nasceu o caçula da família, Andrew Roy Gibb, conhecido como Andy Gibb, que mais tarde seguiria uma carreira musical independente dos Bee Gees. Então, em maio do mesmo ano, os Rattlesnakes se dissolveram quando Frost e Horrocks saíram do grupo; os irmãos Gibb então formaram outro grupo chamado Wee Johnny Hayes and the Blue Cats. Assim, em agosto de 1958, a família emigrou para a Austrália, estabelecendo-se na cidade de Brisbane, onde começaram a se apresentar em clubes noturnos para uma audiência crescente.

Em 1959, um DJ australiano chamado Bill Gates reconheceu o talento dos irmãos e sugeriu o nome “Bee Gees”, referindo-se aos muitos “BGs” em suas vidas (por exemplo: Barbara Gibb, a mãe deles; Barry Gibb, esse DJ; Brothers Gibb…). Mais tarde, em 1966, eles adotaram esse nome sugerido pelo DJ. A partir de 1959, começaram a se apresentar em programas de televisão, tornando-se conhecidos entre o público australiano.

Inicio de Bee Gees
Bee Gees em sua infância.

De 1961 a 1970 – Os primeiros sucessos e as primeiras brigas

Em 1961, Barry concluiu seus estudos, levando a família a se mudar para a região de Surfers Paradise, onde passaram grande parte de 1961 e 1962 se apresentando em hotéis e clubes noturnos. Em setembro de 1962, o grupo teve uma audição com Col Joye, um renomado artista australiano na época, e seu irmão e empresário Kevin Jacobsen. Kevin ficou impressionado com o talento dos jovens e conseguiu uma grande oportunidade para eles, compartilhando o palco com Chubby Checker, ícone do rock e R&B naquela época, o que lhes trouxe visibilidade e reconhecimento.

Kevin também intermediou o primeiro contrato musical dos Bee Gees com a Festival Records, a maior gravadora de artistas independentes da Austrália, sob a etiqueta Leedon, utilizando o nome Bee Gees. Embora tenham enfrentado dificuldades financeiras no início, o sucesso de “Wine and Women”, que chegou ao Top 20 em 1965, permitiu-lhes gravar seu primeiro álbum, “The Bee Gees Sing and Play 14 Barry Gibb Songs”.

Em 1966, os Bee Gees lançaram “Spicks and Specks” pela etiqueta Spin, também da Festival Records. Em janeiro de 1967, inspirados pelo sucesso dos Beatles, decidiram ir para a Inglaterra, embarcando em um navio onde tocavam para pagar a passagem. Durante a viagem, receberam a notícia de que “Spicks And Specks” havia alcançado o topo das paradas australianas, marcando o primeiro número um dos Bee Gees.

Ao chegarem na Inglaterra, iniciaram a busca por uma nova gravadora. Hugh Gibb optou por começar com a “maior de todas”, enviando material para a NEMS Enterprises, do empresário Brian Epstein, que gerenciava os Beatles. Embora o pacote enviado por Hugh tenha sido apenas mais um entre centenas, o novo diretor da NEMS, o australiano Robert Stigwood, decidiu ouvi-lo por sua origem comum e se impressionou com o que ouviu, levando os Bee Gees para a gravadora inglesa Polydor. A partir desse ponto, com apresentações ao vivo cada vez mais frequentes, tornou-se necessário formar uma banda completa. Colin Petersen foi chamado para a bateria e Vince Melouney para a guitarra, tornando-se membros permanentes do grupo.

O primeiro single mundial dos Bee Gees, “New York Mining Disaster 1941”, lançado pela Polydor em abril de 1967, surpreendeu com uma estratégia de marketing: o nome do artista foi escrito como “Be…es”, levando as pessoas a acreditarem que era uma nova música dos Beatles. No entanto, foi “Massachusetts”, lançada em novembro de 1967, que impulsionou o grupo para o estrelato, alcançando o topo das paradas em mais de dez países.

Ao longo do final dos anos 1960, o grupo adotou uma abordagem de quinteto de rock com influências country e soul, produzindo sucessos como “To Love Somebody” (1967), “Words” e “I’ve Gotta Get a Message to You” (1968), além de “I Started a Joke”, que se tornou o primeiro número um dos Bee Gees no Brasil em 1968.

No final de 1968, os Bee Gees gravaram o álbum “Odessa” (lançado em 1969), que incluía os singles “First of May” e “Melody Fair”. No entanto, o período foi marcado pela separação do grupo, com Robin saindo devido a discordâncias sobre o tratamento preferencial dado a Barry por Robert Stigwood. Vince Melouney também deixou o grupo, enquanto Colin Petersen permaneceu por um curto período antes de ser substituído por Geoff Bridgeford. Os irmãos reconheceriam mais tarde que não estavam preparados para lidar com o sucesso e os desafios associados à fama tão jovens, em torno dos vinte anos, e enfrentaram conflitos internos.

Em 1969, Robin lançou seu primeiro álbum solo, que chegaria ao público em 1970 com o sucesso “Saved by the Bell”. Barry e Maurice continuaram como Bee Gees até o final de 1969, lançando o álbum “Cucumber Castle” (1970) com o single “Don’t Forget to Remember”. Após um período separados, o grupo se reuniu gradualmente e lançou “2 Years On”, destacando-se com “Lonely Days”, uma reflexão sobre o período de separação. A partir desse momento, a formação do grupo como um trio foi estabelecida, com apenas os três irmãos aparecendo nas capas dos discos, enquanto músicos adicionais eram contratados conforme necessário.

O primeiro single mundial dos Bee Gees, "New York Mining Disaster 1941", lançado pela Polydor em abril de 1967
O primeiro single mundial dos Bee Gees, “New York Mining Disaster 1941”, lançado pela Polydor em abril de 1967

De 1971 a 1980 – quase falência, ressurgimento, mudança de estilo e o auge

No início da década de 1970, os Bee Gees experimentaram um período de sucesso contínuo. Em 1971, com o lançamento do álbum “Trafalgar”, a banda conquistou seu primeiro grande sucesso nos Estados Unidos com a balada “How Can You Mend a Broken Heart”, que alcançou o topo das paradas em grande parte do continente e foi a terceira mais tocada no Brasil em 1971. No ano seguinte, “Run to Me” fez sucesso na Europa e América Latina.

Em janeiro de 1973, lançaram o álbum “Life in a Tin Can” pela recém-fundada gravadora britânica RSO, de Robert Stigwood. Apesar do esforço, o álbum não teve um bom desempenho nas paradas britânicas e alcançou apenas a 69ª posição nos Estados Unidos. Outro álbum, “A Kick in the Head is Worth Eight in the Pants”, produzido por Stigwood junto com “Life in a Tin Can”, não despertou interesse para lançamento devido a fatores pessoais, como a separação de Maurice Gibb e a ocupação de Stigwood com cinema e teatro.

Também em 1973, por sugestão de Eric Clapton, os Bee Gees se mudaram para os Estados Unidos, onde contrataram o produtor Arif Mardin para substituir Robert Stigwood. Com Mardin, lançaram em 1974 o álbum “Mr. Natural”, o primeiro com uma influência mais soul. Apesar de algumas músicas serem remanescentes de demos de 1968, o álbum não obteve sucesso comercial devido à falta de uma direção clara. Em contrapartida, em 1975 lançaram “Main Course”, um disco altamente trabalhado que os recolocou nas paradas com sucessos como “Jive Talkin’”, “Nights on Broadway” e “Fanny (Be Tender with My Love)”.

Em 1976, aproveitando o sucesso do estilo musical liderado pelo grupo KC and the Sunshine Band, os Bee Gees lançaram “Children of the World”, considerado o primeiro álbum de disco music da banda, que incluía a balada “Love So Right” e o hit “You Should Be Dancing”. Foi durante essa fase que Barry Gibb introduziu o famoso falsete, que se tornaria uma marca registrada do grupo. No mesmo ano, lançaram seu primeiro álbum ao vivo, “Here at Last… Bee Gees… Live”.

O ponto de virada para os Bee Gees veio em 1977, quando foram convidados por Robert Stigwood para participar da trilha sonora do filme “Saturday Night Fever”. O álbum, que se tornou um marco cultural dos anos 1970, quebrou recordes de vendas, mantendo-se no topo das paradas por um ano e produzindo sucessos como “Stayin’ Alive”, “More Than a Woman”, “How Deep Is Your Love” e “Night Fever”. Além disso, compuseram a faixa “If I Can’t Have You”, sucesso na voz de Yvonne Elliman, e “Emotion”, que foi um sucesso na voz de Samantha Sang. Barry também compôs a faixa-título para o filme “Grease”, que se tornou um clássico.

A participação dos Bee Gees na trilha sonora de “Saturday Night Fever” rendeu seis prêmios Grammy, consolidando ainda mais sua posição como artistas de destaque. No entanto, o sucesso avassalador do disco gerou uma reação negativa por parte da mídia e do público, levando os Bee Gees a serem estigmatizados como representantes de um gênero saturado. Esgotados pela pressão e excesso de exposição, os irmãos decidiram dar uma pausa na carreira e começaram a trabalhar como produtores para outros artistas.

Divididos em dois grupos, mas ainda colaborando na composição, Robin e Maurice produziram o álbum “Sunrise” para Jimmy Ruffin, enquanto Barry produziu “After Dark” para Andy Gibb e “Guilty” para Barbra Streisand. “Guilty” vendeu mais de vinte milhões de cópias em todo o mundo e rendeu um Grammy para Streisand, solidificando a reputação dos Bee Gees como talentosos produtores e compositores.

De 1981 a 1990 – Hiato, trabalhos solo e retorno definitivo

Nos anos 1980, os Bee Gees enfrentaram desafios significativos à medida que a disco music perdia popularidade. Apesar de lançarem o álbum “Living Eyes” em 1981, que não teve grande destaque nos Estados Unidos devido à saturação da mídia com os irmãos Gibb, a verdadeira tentativa de reviver a disco music veio em 1983 com o filme “Staying Alive”, continuação de “Saturday Night Fever”. No entanto, o filme foi um fracasso, marcando o fim da era da disco music.

Os irmãos Gibb seguiram caminhos individuais na década de 1980. Enquanto a equipe de Robin e Maurice se concentrou em álbuns solo para Robin, Barry liderou a produção musical para outros artistas. Embora esses projetos tenham tido algum sucesso na Europa, Japão e América Latina, não receberam muito destaque nos Estados Unidos.

As colaborações dos Bee Gees como produtores renderam trabalhos notáveis para Dionne Warwick, Kenny Rogers, Diana Ross e Carola Häggkvist. Destaques incluem “Heartbreaker” para Dionne Warwick, “Eyes That See in the Dark” para Kenny Rogers, “Eaten Alive” para Diana Ross e “Runaway” para Carola Häggkvist. Mesmo afastados da mídia, os Bee Gees ainda desfrutavam de sucesso como compositores e produtores.

Em 1986, os irmãos assinaram com a Warner e voltaram a trabalhar juntos. Lançaram o álbum “E.S.P.” em 1987, que teve sucesso em todo o mundo com o hit “You Win Again”. Em 1988, participaram de eventos beneficentes e homenagens, incluindo o show The Prince’s Trust e o Tributo aos 70 anos de Nelson Mandela.

No mesmo ano, Barry trabalhou na trilha sonora do filme “Hawks”. Porém, a família enfrentou uma tragédia com a morte de Andy Gibb em 1988, devido a complicações de saúde relacionadas ao abuso de substâncias.

Em 1989, lançaram o álbum “One”, que trouxe de volta sua popularidade nas rádios americanas com os singles “One”, “Ordinary Lives” e “Wish You Were Here”. O disco ficou no Top 10 por quase um ano e originou a turnê “One for All World Tour”, registrada em vídeo e DVD.

O retorno dos Bee Gees à mídia norte-americana em 1989 marcou o início de uma nova fase para a banda. Nos anos 1990, foram reconhecidos como uma das maiores bandas de todos os tempos, consolidando seu legado musical.

Bee Gees em 1990
Bee Gees em 1990

De 1991 a 2000 – Reconhecimento e premiações de Bee Gees

Durante a década de 1990, os Bee Gees continuaram a lançar álbuns e a desfrutar de sucesso, especialmente na Europa. Em 1991, o álbum “High Civilization” apresentou um som experimental e moderno, com destaque para o single “Secret Love”. Isso levou à bem-sucedida turnê “High Civilization World Tour” naquele mesmo ano.

Em 1993, lançaram o álbum “Size Isn’t Everything”, com singles como “Paying the Price of Love” e “How to Fall in Love, Part 1”. O especial “Center Stage” do canal VH1, exibido em setembro do mesmo ano, destacou a banda, e eles até colaboraram com a dupla sertaneja brasileira Chitãozinho e Xororó na regravação da música “Words”, lançando um videoclipe que fez sucesso no Brasil.

A participação na trilha sonora da novela brasileira “Sonho Meu” com a música “For Whom The Bell Tolls” também contribuiu para a visibilidade do grupo no Brasil.

Em 1996, participaram do especial “Storytellers” do VH1, apresentando versões acústicas de seus sucessos. No mesmo ano, uma versão cover de “How Deep Is Your Love” pelo grupo britânico Take That trouxe nova popularidade à música.

O álbum “Still Waters”, lançado em março de 1997 após quase três anos de produção, foi um grande sucesso, vendendo mais de dez milhões de cópias em todo o mundo. O single “Alone” alcançou o topo das paradas nos Estados Unidos, e outros sucessos do álbum incluem “I Could Not Love You More” e “Still Waters (Run Deep)”.

Em 1997, os Bee Gees lançaram o documentário “Keppel Road” sobre sua carreira e iniciaram a turnê “One Night Only” em celebração aos trinta anos de carreira internacional. O show realizado no MGM Grand Las Vegas foi lançado em DVD e CD e se tornou um dos discos mais vendidos do grupo.

Também em 1997, compuseram, cantaram e produziram o sucesso “Immortality” para Celine Dion, que permaneceu nas paradas mundiais por um ano.

A década de 1990 foi marcada pelo reconhecimento da indústria musical, com os Bee Gees sendo incluídos no Songwriters Hall of Fame em 1994 e no Rock and Roll Hall of Fame em 1997. Eles também receberam vários outros prêmios ao longo da década.

De 2001 a 2008 – Morte de Maurice, fim do grupo e trabalhos solo

Em 2001, os Bee Gees lançaram seu último álbum, “This Is Where I Came In”, um trabalho pop rock que trouxe faixas memoráveis como “This Is Where I Came In”, “Wedding Day”, “Sacred Trust” e “Man In The Middle”. O álbum teve uma recepção variada: enquanto fez sucesso na Europa, recebeu uma recepção morna na América e se destacou na Ásia. No mesmo ano, gravaram o DVD “Live By Request” e um documentário completo em DVD sobre suas vidas, com o mesmo nome do álbum.

No final de 2001, lançaram a coletânea “Their Greatest Hits: The Record”, uma compilação de seus maiores sucessos, incluindo novas versões de “Heartbreaker”, “Emotion” e “Islands in the Stream”, além da versão demo de “Immortality”, na voz de Barry. A coletânea foi um sucesso, vendendo bem em vários países. Após isso, os Bee Gees decidiram tirar uma pausa.

Em 2002, Robin Gibb lançou seu quinto álbum solo, enquanto Barry Gibb colaborava em algumas músicas com Michael Jackson, que nunca foram lançadas. Maurice Gibb estava envolvido em seu hobby, trabalhando com sua equipe de Paintball. No entanto, uma tragédia abalou a família em 12 de janeiro de 2003, quando Maurice faleceu devido a um ataque cardíaco, coincidentemente no dia do aniversário de sua irmã Leslie. Maurice era conhecido como o mediador entre as mentes conflitantes de Barry e Robin. Os irmãos anunciaram o fim do grupo em 22 de janeiro de 2003.

Maurice Gibb, falecido em 2003

Após o término dos Bee Gees, os irmãos seguiram carreiras solo. Em 2003, Robin lançou o álbum “Magnet”, com baladas modernas, enquanto Barry contribuía para a trilha sonora do filme “Até Que Os Parentes Nos Separem”, com a música “Wedding Day”. No ano seguinte, foi lançada a primeira coletânea dos Bee Gees após a morte de Maurice, intitulada “Number Ones”, que incluía sucessos como “Man In The Middle” em tributo a Maurice.

Entre 2004 e 2006, Robin saiu em turnê mundial com a “Magnetic Tour”, registrada em CD e DVD. Em 2004, os irmãos Gibb receberam honrarias, como o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Manchester e a Comenda de Cavaleiros do Império Britânico, em Londres. Barry continuou sua colaboração com outros artistas, enquanto os Bee Gees relançavam álbuns pela Rhino Records.

Em 2007, Barry e Robin gravaram um documentário sobre o impacto de suas músicas no filme “Saturday Night Fever”, lançado em DVD para celebrar os 30 anos do filme. Barry também lançou um single country, “Drown on the River”. Em 2008, Robin continuou sua carreira solo, enquanto Barry colaborava com outros artistas em novas músicas.

No início de 2009, o álbum “Odessa” dos Bee Gees foi relançado com material bônus e faixas inéditas, proporcionando aos fãs uma nova perspectiva sobre o álbum clássico.

2009 a 2012 – Anúncio da volta aos palcos e morte de Robin

Em 2009, os irmãos Gibb estavam imersos em uma série de projetos emocionantes. Robin estava preparando seu novo álbum solo, “50 St Catherine’s Drive”. Entretanto, adiou seu lançamento devido ao seu envolvimento em outros projetos com os Bee Gees. Em março daquele ano, ele se juntou a Tom Jones e à dupla country Byrns & Nessa para uma nova versão da música “Islands in the Stream”, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas. Essa conquista fez dos Gibb os únicos compositores a terem pelo menos uma música no topo das paradas em cinco décadas diferentes, desde os anos 1960 até os anos 2000.

Enquanto isso, Barry estava ocupado com a preparação de seu terceiro álbum solo, com previsão de lançamento para o mesmo ano. No entanto, o retorno dos Bee Gees adiou esses planos. Barry estava ativo em chats com fãs em seu site oficial e participou do Love and Hope Ball, onde interpretou os sucessos dos Bee Gees ao lado de Olivia Newton-John e seu filho Steve Gibb. Em março, ele se apresentou no Sound Relief em Sydney, Austrália, ao lado de Olivia Newton-John e outros artistas. Sendo assim, o show foi posteriormente lançado em DVD.

O ano de 2009 também marcou o retorno dos Bee Gees, com Robin e Barry trabalhando juntos em um musical e participando de uma homenagem da Rhino pelos 50 anos de carreira na Inglaterra. Eles até fizeram uma apresentação juntos em Manchester, sob o nome Bee Gees, tocando seus maiores sucessos.

Além disso, os irmãos decidiram lançar duas coletâneas: “Ultimate Bee Gees: The 50th Anniversary Collection” e “Mythology”, programadas para serem lançadas em 2010. A Mythology traria quatro discos, cada um contendo músicas interpretadas por cada irmão Gibb, incluindo Andy, além de canções inéditas na voz de Andy e Maurice.

Em julho de 2011, foi lançado o DVD “Robin Gibb In Concert”, gravado na Dinamarca. No entanto, em novembro daquele ano, foi revelado que Robin havia sido diagnosticado com câncer de fígado. Sua saúde deteriorou-se rapidamente, e ele faleceu em maio de 2012, deixando Barry como o último membro sobrevivente do grupo.

Apesar da perda de Robin, Barry continuou a honrar o legado dos Bee Gees, lançando o álbum “Titanic Requiem” em parceria com o filho de Robin, RJ Gibb. Assim, realizando turnês pela Europa em sua memória e em homenagem à música que os irmãos criaram juntos.

Robin Gibb na direita, ao lado de seu irmão mais velho Barry Gibb
Robin Gibb na direita, ao lado de seu irmão mais velho Barry Gibb

2013 a 2016 – Novos projetos de Bee Gees

A Mythology Tour de Barry Gibb em 2013 foi uma emocionante celebração do legado dos Bee Gees, levando aos palcos sucessos atemporais que conquistaram gerações de fãs. A Bee Gees Way em Redcliffe foi uma bela homenagem aos irmãos Gibb, proporcionando aos fãs um lugar para refletir sobre sua influência duradoura na música.

O lançamento póstumo do álbum solo de Robin Gibb, “50 St Catherine’s Drive”, em 2014, foi uma oportunidade para os fãs apreciarem mais uma vez a voz e o talento únicos de Robin. Com uma mistura de faixas inéditas e versões renovadas de clássicos, o álbum trouxe de volta o estilo distintivo de pop rock que caracterizava o trabalho de Robin.

O lançamento do box “Bee Gees: The Warner Bros. Years 1987-1991” em 2014 ofereceu aos fãs uma visão aprofundada do período da carreira dos Bee Gees durante os anos 1980 e início dos anos 1990, destacando álbuns aclamados pela crítica e momentos icônicos da turnê.

O álbum solo de Barry Gibb, “In the Now”, lançado em 2016, marcou um novo começo para o lendário músico, trazendo uma mistura de nostalgia e renovação. Com sua colaboração com a Columbia Records, Barry realizou um sonho de longa data e continuou a tradição dos Bee Gees de criar música cativante e memorável.

Esses lançamentos e eventos demonstram o impacto duradouro dos Bee Gees na música e como o legado do grupo continua a ressoar com os fãs ao redor do mundo, mesmo após décadas de sua ascensão inicial.

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